Trinta anos de dengue no Ceará: história, contribuições para ciência e desafios no cenário atual com tripla circulação de arbovírus

Autores

  • Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Francisca Kalline de Almeida Barreto Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Rhaquel de Morais Alves Barbosa Oliveira Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Ilana Frota Pontes Canuto Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS)
  • Antônio Afonso Bezerra Lima Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ)
  • José Wellington Oliveira Lima Universidade Estadual do Ceará (UECE
  • Kiliana Nogueira Farias da Escóssia Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
  • Victor Emanuel Pessoa Martins Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB),
  • Carlos Henrique Alencar Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Anne Caroline Bezerra Perdigão Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS)
  • Daniele Malta Lima Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
  • Izabel Letícia Cavalcante Ramalho Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN-CE)
  • Fernanda Montenegro de Carvalho Araújo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN-CE), Fortaleza, CE, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v6i1.1415.p65-82.2018

Palavras-chave:

Dengue, Epidemia, Aedes aegypti, Arbovírus, Chikungunya, Zika

Resumo

Introdução: Embora os primeiros casos de dengue no estado do Ceará tenham ocorrido em 1986, há registros da presença do mosquito Aedes aegypti desde os anos de 1851/1852. Mesmo após 30 anos, a dengue permanece como um problema grave de saúde pública com epidemias cada vez mais frequentes. Objetivo: Resgatar, reunir e sintetizar a evidência científica produzida nos primeiros 30 anos de dengue no Ceará, contribuindo para melhorar sua compreensão e as intervenções de vigilância e controle. Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura com busca de artigos (inglês, português e espanhol) nas bases de dados Pubmed, Scielo, Clinicalkey, Lilacs, Google Acadêmico e banco virtual de teses e dissertações da CAPES, além de livros. O período de 1986 a 2016 foi usado como limite de busca e a mesma foi realizada entre os meses de agosto a novembro de 2016. Utilizaram-se os descritores controlados: dengue, Ceará, Fortaleza e Aedes; com interposição do operador boleano “AND”. Resultados: Foram identificadas 574 publicações potencialmente elegíveis, sendo 461 artigos e 113 dissertações ou teses. Foram retirados 272 artigos duplicados ou que não atenderam aos critérios de inclusão. Foram lidos 114 artigos publicados em 60 revistas diferentes, sendo 72,8% artigos completos, 75,2% em inglês, 42,2% experimentais e 81,5% com abordagem quantitativa. Foi publicado apenas um artigo na década de 1980, já na década seguinte foram sete, número que cresceu bastante nos anos 2000, com 38 artigos. No entanto, já há 69 artigos publicados apenas na primeira metade da década de 2010. No período, o Ceará confirmou quase um milhão de casos de dengue, com a circulação dos quatro sorotipos (DENV1 - 1986, DENV2 - 1994, DENV3 - 2002 e DENV4 - 2011) e registrou pelo menos 14 epidemias. A partir de 2015, o Ceará passou a apresentar um cenário diferenciado de tripla epidemia, com a cocirculação autóctone de dois outros arbovírus: Chikungunya e Zika. Conclusão: Nesse período de 30 anos (1986-2016), o Ceará vivenciou várias epidemias de dengue, e, de certa forma, isto vem impulsionando a busca por respostas para o controle desta doença. Há claramente um crescimento em número de artigos publicados a cada ano, revelando a pujança dos grupos locais, que contribuiu de forma importante para a produção científica em diversos fatores relacionados à compreensão da epidemiologia e controle da dengue.

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Biografia do Autor

Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil.

Francisca Kalline de Almeida Barreto, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil.

Rhaquel de Morais Alves Barbosa Oliveira, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil.

Ilana Frota Pontes Canuto, Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS)

Discente do curso de Medicina do Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS), Fortaleza, CE, Brasil.

Antônio Afonso Bezerra Lima, Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ)

São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Fortaleza, CE, Brasil.

José Wellington Oliveira Lima, Universidade Estadual do Ceará (UECE

Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, CE, Brasil.

Kiliana Nogueira Farias da Escóssia, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará

Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.

Victor Emanuel Pessoa Martins, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB),

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção, CE, Brasil.

Carlos Henrique Alencar, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil.

Anne Caroline Bezerra Perdigão, Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS)

Docente do Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS), Fortaleza, CE, Brasil

Daniele Malta Lima, Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Docente da Universidade de Fortaleza (UNIFOR),Fortaleza, CE, Brasil

Izabel Letícia Cavalcante Ramalho, Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN-CE)

Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN-CE), Fortaleza, CE, Brasil

Fernanda Montenegro de Carvalho Araújo, Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN-CE), Fortaleza, CE, Brasil

Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN-CE), Fortaleza, CE, Brasil

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Publicado

2017-12-13