Associação de variáveis ambientais à ocorrência de leptospirose humana na cidade de Natal-RN: uma análise de distribuição espacial

Autores

  • Karen Kaline Teixeira Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Reginaldo Lopes Santana Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Isabelle Ribeiro Barbosa Faculdade de Ciencias da Saúde do Trairi Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v6i3.1766.p249-257.2018

Palavras-chave:

Leptospirose, Epidemiologia, Geoprocessamento, Análise Espacial, Geografia Médica

Resumo

Introdução: a leptospirose humana pode ser considerada um evento sentinela e sua distribuição espacial pode refletir riscos à saúde advinda de condições ambientais e sociais adversas. Objetivo: analisar a associação entre as variáveis ambientais e a leptospirose humana na cidade de Natal-RN. Métodos: por meio das técnicas de Kernel, Cluster e Interpolação no software QGIS 2.12, foi analisada a localização de 123 pontos de alagamento, a área de extensão de 27 feiras livres e 134 casos confirmados de leptospirose humana ocorridos no período de 2007 a 2016 e registrados no SINAN. Resultados: a densidade de Kernel e a técnica de Cluster apontaram que a ocorrência de casos de leptospirose são coincidentes geograficamente com as áreas de inundação e da ocorrência de feiras livres, formando áreas de maior densidade nos bairros de Quintas, Alecrim e Pajuçara. A interpolação mostrou que o predomínio de áreas de associação desses três eventos ocorre geograficamente por uma faixa que se estende por toda a periferia da cidade, próximas a aglomerados subnormais e bairros com menor nível de organização urbana. Conclusões: Os resultados sugerem a existência de características ecológicas favoráveis à transmissão da leptospirose em locais de proliferação de roedores sinantrópicos, com destaque para as áreas periféricas da cidade. Essas técnicas se mostraram úteis na obtenção de uma análise global da situação epidemiológica da leptospirose humana, o que viabiliza sua utilização pela vigilância epidemiológica desse agravo.

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Biografia do Autor

Isabelle Ribeiro Barbosa, Faculdade de Ciencias da Saúde do Trairi Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Graduada em FARMACIA com habilitação em ANÁLISES CLÍNICAS (UFRN); Mestre em CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (UFRN); Especialista em SAÚDE PÚBLICA (FCM) e Especialista em EPIDEMIOLOGIA (UFG). Doutora em Saúde Coletiva pela UFRN, com ênfase em Epidemiologia, tendo realizado período sanduíche na Universidad de Zaragoza, Espanha. Professora Adjunta da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e membro permanente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPgScol) da UFRN.

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Publicado

2018-07-02