Imunidade para Hepatite B entre Trabalhadores de um Hospital de Referência em Doenças Infectocontagiosas, vítimas de acidente com material biológico

Autores

  • Maria Priscila Moraes dos Santos Machado Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia-Goiás
  • Lucélia da Silva Duarte Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia-Goiás
  • Luciana Leite Pineli Simões Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia-Goiás Pontifícia Universidade Católica de Goiá (PUC-Goiás),
  • Robério Pondé Amorim de Almeida Laboratório de Virologia Humana, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-Goiás, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v5i1.1018.p62-70.2017

Palavras-chave:

Material biológico, Acidente ocupacional, Risco biológico, Hepatite B

Resumo

Introdução: O Ministério da Saúde define Acidente de Trabalho com Exposição a Material Biológico, aquele envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos ocorridos com os trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades laborais. O risco de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) pós-exposição ocupacional percutânea é de aproximadamente 0,3%, pelo vírus da hepatite C (HCV) é de 1,8% a 10% e pelo vírus da hepatite B (HBV) pode atingir até 40%. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico situação vacinal e a imunidade para hepatite B dos profissionais da área da saúde que sofreram acidentes com exposição a material biológico no período de janeiro de 2006 a junho de 2015, evidenciando a realidade de um hospital público de alta complexidade e referência em doenças infectocontagiosas do Centro-Oeste. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. Resultados: Este estudo constatou que, entre os profissionais da área da saúde expostos a material biológico a maioria era da equipe de enfermagem e do sexo feminino. Houve mais casos por exposição percutânea, por agulha com lúmen envolvendo sangue. Verificou-se que 76,9% eram vacinados e 57% possuíam anti-HBs maior ou igual a 10UI/L. Conclusão: o estudo permitiu conhecer o perfil epidemiológico dos trabalhadores acidentados; os resultados mostraram indicadores importantes sobre exposição ocupacional a material biológico e o potencial risco de soroconversões para hepatite B.

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Biografia do Autor

Maria Priscila Moraes dos Santos Machado, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia-Goiás

Graduada em Enfermagem;Licenciada em Biologia; Especialista em Enfermagem do Trabalho e em Infectologia na modalidade Residência Multiprofissional da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás, realizada no Hospital de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad. Enfermeira na Secretaria de Saúde de Senador Canedo-Goiás.  

Lucélia da Silva Duarte, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia-Goiás

Possui graduação em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1990) e mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás (2003). Atualmente é professora da Universidade Salgado de Oliveira, Servidora Pública no Hospital de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad/HDT exercendo as funções de Coordenadora e Tutora de Núcleo na Residencia Multiprofissional na área de Infectologia da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás.

Luciana Leite Pineli Simões, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia-Goiás Pontifícia Universidade Católica de Goiá (PUC-Goiás),

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás (1996), especialização em infectologia (1998) e mestrado em Medicina Tropical / Epidemiologia pela Universidade Federal de Goiás (2002). Foi Professora da Universidade Federal de Goiás por 6 anos. Atualmente é professora assistente do Curso de Medicina da PUC Goiás e Infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Doenças Tropicais.

Robério Pondé Amorim de Almeida, Laboratório de Virologia Humana, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-Goiás, Brasil

Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Goiás (1989) e pós-graduação a nível de mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás (2007). Atualmente é responsável técnico pelo serviço de triagem sorológica, imuno-hematológica e molecular dos doadores de sangue da rede privada de Goiânia com sede na Central Goiana de Sorologia, Imuno-hematologia e Biologia Molecular. Técnico da Superintendência de Vigilância em Saúde - SUVISA e atua na Coordenação Estadual de Controle das Hepatites Virais-CECHV/SUVISA, do Estado de Goiás. Revisor dos periódicos Vox Sanguinis (ISSN 0042-9007), Digestive Diseases and Sciences (ISSN 0163-2116), Journal Global of Infectious Diseases (ISSN 0974-8245), Clinical Infectious Diseases (ISSN 1058-4838), Infection (ISSN 0300-8126), African Journal of Biotechnology (ISSN 1684-5315) e Journal of Medical Virology (ISSN 1096-9071). Membro do Corpo Editorial do Journal of Hepatitis Research (ISSN 2381-9057) e do Journal of Hepatitis Research and Treatment (ISSN 2090-1372). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, Epidemiologia (com ênfase em Saúde Pública e Virologia), Microbiologia, Hematologia e Análises Clínicas e, na área de Banco de Sangue, nos setores de sorologia e biologia molecular. Atua principalmente nos seguintes temas: hepatite B virus, infecção por HBV, marcadores sorológicos HBV, HBV mutantes e Diagnóstico HCV .

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Publicado

2017-02-24

Como Citar

1.
Moraes dos Santos Machado MP, Duarte L da S, Simões LLP, Almeida RPA de. Imunidade para Hepatite B entre Trabalhadores de um Hospital de Referência em Doenças Infectocontagiosas, vítimas de acidente com material biológico. J Health Biol Sci. [Internet]. 24º de fevereiro de 2017 [citado 5º de novembro de 2024];5(1):62-70. Disponível em: https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/1018