Prevalência de interações medicamentosas potenciais em indivíduos hipertensos acompanhados na estratégia de saúde da família

Autores

  • Kaio Vinicius Freitas de Andrade Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Alyne Mascarenhas Souza Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v6i4.2090.p405-411.2018

Palavras-chave:

Interações de medicamentos, Anti-hipertensivos, Polimedicação, Idoso

Resumo

Introdução: interações medicamentosas potenciais (IMP) podem ocasionar efeitos sinérgicos ou antagônicos, decorrentes da coadministração de fármacos. Entre os fatores associados, destacam-se sexo, idade avançada e polifarmácia, definida como o uso concomitante de cinco ou mais fármacos. Objetivo: estimar a prevalência de IMP envolvendo fármacos utilizados por indivíduos com hipertensão arterial sistêmica (HAS), acompanhados na atenção primária, em São Francisco do Conde, Bahia. Métodos: estudo transversal, cujos participantes tinham idade igual ou superior a 18 anos e diagnóstico de HAS. As variáveis estudadas foram sexo, idade e fármacos prescritos. A produção de dados ocorreu entre novembro/2013 a outubro/2014. As IMP foram classificadas de acordo com início de ação, mecanismo farmacológico, gravidade e documentação na literatura científica, utilizando o banco de dados do software Micromedex® Healthcare Series 2.0. Os dados foram analisados no software Stata® 12.0. Resultados: participaram do estudo 356 indivíduos, com idade média de 57 anos (desvio padrão: 14,2), sendo 75% do sexo feminino. A prevalência de IMP foi 53,4%. Foram prescritos, em média, 3,4 fármacos/indivíduo. A prevalência de polifarmácia foi 29,5%. A idade associou-se significativamente com polifarmácia (42,1% nos idosos; p<0,001) e com ocorrência de IMP (64,5% nos idosos; p<0,001). Do total de 581 IMP, predominaram as decorrentes da associação captopril-hidroclorotiazida (7,6%). Prevaleceram, ainda, IMP com início de ação não especificado (40,6%), mecanismo farmacodinâmico (62,0%), gravidade moderada (85,0%) e com boa documentação na literatura científica (57,8%). Conclusão: considerando a elevada prevalência de polifarmácia e IMP envolvendo anti-hipertensivos, particularmente entre os idosos, recomenda-se que o tratamento com esses fármacos seja cuidadosamente monitorado pela equipe de saúde.

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Biografia do Autor

Kaio Vinicius Freitas de Andrade, Universidade Estadual de Feira de Santana

Professor Assistente. Mestre em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, Bairro Novo Horizonte, Feira de Santana, Bahia, CEP 44036-900.

 

Alyne Mascarenhas Souza, Universidade Estadual de Feira de Santana

Médica

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Publicado

2018-10-09

Como Citar

1.
Freitas de Andrade KV, Mascarenhas Souza A. Prevalência de interações medicamentosas potenciais em indivíduos hipertensos acompanhados na estratégia de saúde da família. J Health Biol Sci. [Internet]. 9º de outubro de 2018 [citado 4º de novembro de 2024];6(4):405-11. Disponível em: https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/2090