Cavum Septum Pellucidum, da embriologia à clínica: uma revisão da literatura

Autores

  • Lia Pontes Lisboa Martins Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Antônio Miguel Furtado Leitão Universidade Federal do Ceará (UFC) Centro Universitário Christus (Unichristus)
  • Jalles Dantas de Lucena Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Francisco de Assis Aquino Gondim Universidade Federal do Ceará (UFC) Centro Universitário Christus (Unichristus)

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v7i1.2200.p89-96.2019

Palavras-chave:

Cavum Septum Pellucidum, Cavum Septum pellucidum et Vergae, Embriologia, Significado clínico

Resumo

Introdução: O septo pelúcido (SP) é formado por duas lâminas neurais separadas, que se fundem após o nascimento. Quando não há fusão completa, tem-se a persistência do Cavum embriológico, que pode ser chamado Cavum Septum pellucidum (CSP), Cavum Vergae ou Cavum Septum pellucidum et Vergae (CSP et Vergae), dependendo da extensão anteroposterior. Embriologicamente, o CSP está relacionado à formação do corpo caloso e de outras estruturas cerebrais. O SP faz parte do sistema límbico, por isso há possibilidade de que Cava persistentes tenham repercussão nas funções neuropsíquicas. Objetivo: revisar a literatura sobre a formação e o significado clínico da persistência do CSP em adultos. Métodos: foi realizada revisão da literatura de artigos publicados na base de dados PUBMED, utilizando os descritores: “Cavum”, “Brain Cava” e “Cavum Septum Pellucidum”. Os artigos selecionados continham considerações sobre formação e possível significado clínico do CSP. Resultados e Discussão: CSP vestigiais são considerados como variantes da normalidade. Porém, vários estudos sugerem que a persistência de CSP com grandes dimensões pode representar uma disgenesia cerebral na linha média. Estudos tentam relacionar o CSP com múltiplos distúrbios neuropsiquiátricos, especialmente com esquizofrenia. De maneira geral, há relativo consenso de que os CSP alargados têm maior chance de representar significado patológico, embora suas manifestações não sejam bem reconhecidas. Conclusão: existem indícios de que CSP persistentes, quando alargados, podem manifestar-se como distúrbio neuropsíquico, de espectro ainda indefinido. Estudos em população geral ainda são escassos e com prevalências variadas. Trabalhos mais abrangentes são necessários para melhor entendimento de seu significado clínico.

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Biografia do Autor

Lia Pontes Lisboa Martins, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Associação Médica Brasileira (AMB), Especialista em Diagnóstico por Imagem em Medicina Interna pelo Centro Universitário Farias Brito

Antônio Miguel Furtado Leitão, Universidade Federal do Ceará (UFC) Centro Universitário Christus (Unichristus)

Especialista em Anatomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor de Anatomia da Universidade Federal do Ceará e Centro Universitário Unichristus.

Jalles Dantas de Lucena, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mestre em Neurociência Cognitiva e Comportamento pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Francisco de Assis Aquino Gondim, Universidade Federal do Ceará (UFC) Centro Universitário Christus (Unichristus)

Doutor em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Livre Docente em Neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Departamento de Medicina Clínica, Serviço de Neurologia da Universidade Federal do Ceará e Centro Universitário Unichristus.

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Publicado

2018-12-28