Violência física contra mulheres: estudo em três bases de dados nacionais (SINAN, SIH e SIM) e no contexto da COVID-19

Autores

  • Polyanna Helena Coelho Bordoni Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR)
  • Fernando Henrique de Assis Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Naiana Andrade de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Raiza de Almeida Aguiar Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Valéria Corrêa da Silva Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Leonardo Santos Bordoni Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v9i1.3616.p1-8.2021

Palavras-chave:

Infecções por coronavirus, Violência doméstica, Violência contra a mulher, bases de dados, Vigilância em saúde pública

Resumo

Objetivo: avaliar agressões físicas contra mulheres, ocorridas em Minas Gerais em 2018 e no contexto da pandemia de COVID-19 (internações entre março a agosto de 2019/2020). Métodos: foi realizado estudo transversal com dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Resultados: a faixa etária mais prevalente abrangeu 15 a 49 anos. A raça/cor parda foi a mais comum, bem como o ensino fundamental incompleto. A residência foi o local onde ocorreram mais agressões, sendo os parceiros íntimos e os familiares os principais agressores. A razão de prevalência de internação para 2020/2019 foi de 0,84 (IC 0,73-0,96). Houve perda de informações em todas as bases de dados, mas, principalmente, nos dados do SIH. Conclusões: as mulheres com maior vulnerabilidade social foram as mais afetadas, e a violência doméstica a mais comum. Restrição de acesso aos serviços de saúde pode ter influenciado na redução da prevalência de internações no contexto da pandemia. Esses dados podem contribuir para o entendimento e melhor dimensionamento do problema, podendo direcionar a formulação de melhores políticas públicas, sendo importante o investimento em melhorias no registro dos casos.

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Publicado

2021-04-07