Perfil Epidemiológico da Hanseníase entre 2012-2022 na Região Sudeste do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v12i1.5361.p1-5.2024

Palavras-chave:

hanseníase, infectologia, epidemiologia

Resumo

Objetivo: descrever a situação epidemiológica da hanseníase na região Sudeste do Brasil de 2012 a 2022, além de propor estratégias para melhorar sua evolução epidemiológica. Métodos: estudo transversal, observacional e descritivo, com abordagem quantitativa, utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DATASUS, abrangendo o período de 2012 a 2022. Foram analisadas as infecções por hanseníase na região Sudeste, considerando variáveis como número de lesões, sexo, escolaridade e faixa etária. Resultados: entre 2012 e 2022, a região Sudeste registrou 53.562 novos casos de hanseníase, com uma redução de 36,65% no total de casos. A incidência diminuiu ao longo desse período, com 2012 apresentando o pico e 2020 a menor incidência. O Espírito Santo lidera a incidência por estado (171,27/105 hab.), seguido por Rio de Janeiro (82,26/105 hab.), Minas Gerais (74,31/105 hab.) e São Paulo (41,71/105 hab.). Foram registradas 377.481 lesões, sendo 78,5% em pacientes multibacilares e 21,5% em paucibacilares. Os homens representam 57,12% dos casos, e há uma prevalência em pacientes com níveis mais baixos de escolaridade (70% até o ensino fundamental completo). A faixa etária mais afetada é de 40 a 59 anos (38%), seguida pela de 60 a 69 anos (14%). Crianças e adolescentes têm a menor incidência, com uma queda nos registros após os 60 anos. Conclusão: houve uma redução na tendência de novos casos de hanseníase na região Sudeste do Brasil de 2012 a 2022, possivelmente devido à eficácia do Programa de Controle da Hanseníase e à subnotificação durante a pandemia de COVID-19. Destaca-se a necessidade de fortalecer esse programa na atenção primária e aprimorar a vigilância epidemiológica durante epidemias e pandemias. Apesar do predomínio da doença em homens de baixa escolaridade, não houve um aumento significativo de casos em jovens como observado em outros estudos, requerendo pesquisas adicionais para entender a incidência nessa faixa etária. Por fim, é essencial estabelecer políticas públicas para a população vulnerável, que contribui para a prevalência da forma mais severa da doença, garantindo o bem-estar e priorizando os princípios do Sistema Único de Saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lilian Galligani, Universidade Nove de Julho

Graduanda em Medicina pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

Flávia Sieira Chaves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

.

Downloads

Publicado

2024-11-26

Como Citar

1.
Galligani L, Sieira Chaves F, de Faria Santos AK, Ettori Cardoso M. Perfil Epidemiológico da Hanseníase entre 2012-2022 na Região Sudeste do Brasil. J Health Biol Sci. [Internet]. 26º de novembro de 2024 [citado 5º de dezembro de 2024];12(1):1-5. Disponível em: https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/5361