Fatores de risco para leptospirose, relacionados à atividade laboral em agricultores de arroz em uma cidade do nordeste do Brasil, 2008.
DOI:
https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v2i3.92.p99-107.2014Palavras-chave:
Leptospirose, surtos, vigilância, área rural, doença ocupacional, estudo de caso controleResumo
Em 07/2008 o município de Várzea Alegre/CE notificou 350 casos suspeitos de leptospirose em agricultores de arroz e uma investigação foi realizada para identificar os fatores de risco. Um estudo de caso controle (1:2) de base populacional foi conduzido de janeiro a julho de 2008. O caso foi o individuo que apresentou titulo de anticorpos para leptospirose maior ou igual a 1:100 pelo método da soroaglutinação microscópica e o controle foi o individuo saudável que não apresentou títulos de anticorpos para leptospirose selecionado aleatoriamente. Entre os 85 casos identificados, 73(86%) eram do sexo masculino; a mediana de idade foi de 19 anos (10-74) e mais de 60% dos casos referiram febre, mialgia, cefaleia e calafrios. No primeiro modelo teórico, ser do sexo masculino (OR:4;IC95%:2.3-9.4) e trabalhar na lavoura de arroz (OR:2.9;IC95%:2.1-6.8) foram associados a doença. No segundo modelo, usar roupas curtas (OR:5.3;IC95%:1.6-17.5) e mais de 8 horas trabalhados na lavoura (OR:3.9;IC95%:1.1-14.6) foram associados. Os principais fatores de risco identificados foram relacionados à atividade ocupacional e ao não uso de roupas de proteção individual e exposição prolongada ao ambiente de trabalho. Recomendamos o fortalecimento das políticas de saúde do trabalhador rural, aprimoramento do acesso desses agricultores às informações sobre os riscos e incentivá-los ao uso de equipamentos de proteção individual nas atividades de campo.
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