Hérnia Incisional: proposta de um fluxograma que oriente o tratamento
DOI:
https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v4i4.998.p257-264.2016Palavras-chave:
Hérnia Incisional, Fluxograma, TratamentoResumo
Introdução: A hérnia incisional (HI) é conceituada como qualquer falha ou orifício na parede abdominal, com ou sem protuberância, em área de cicatriz pós-operatória, diagnosticada pelo exame clínico ou de imagem. Objetivo: criar um fluxograma que, embasado por uma relevante bibliografia, oriente o tratamento de tais hérnias. Método: Trata-se de um estudo de cará ter descritivo, exploratório e observacional retrospectivo, tipo revisão integrativa. O período de coleta de dados desenvolveu-se entre os meses de janeiro e setembro de 2016, nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual da Saúde: Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e PubMed (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) - free full text e em língua portuguesa e inglesa - com publicaç ões realizadas no perí odo entre 2000 e 2015, por meio do seguinte descritor: incisional hernia review. Como critério de inclusão, foram selecionados os artigos cujo título indicasse alguma forma de diagnóstico, tratamento ou abordagem de HI. Após a leitura do Abstract, foram excluídos das propedêuticas os artigos que, em sua metodologia, não se apresentassem como revisão sistemática ou metanálise, culminando em nove artigos. Para a coleta de informação, todos os artigos foram lidos em sua íntegra, visando às mais variadas abordagens de HI em várias situações e sempre conferindo a referência bibliográfica. Assim, foram avaliados os artigos citados como referência entre os nove selecionados, mesmo que fossem de anos inferiores a 2000. Resultados: Foram localizados 42 artigos no Scielo e 351 no Pubmed. Foram obtidos nove artigos entre os anos 2000 e 2015 e 21 de anos anteriores. O diagnóstico, na maioria dos casos, foi clínico. Geralmente, o tratamento é cirúrgico, podendo ser por via aberta ou laparoscópica. Em ambos os casos, o uso de prótese é quase mandatório, salvo algumas exceções. Quanto maior o tamanho da hérnia, mais se tende indicar a via aberta. Nos tamanhos maiores que 15 cm, o estudo da pressão abdominal é necessário, também nos estudos com pressão maior que 10 cmH2O que sejam indicativos de procedimentos prévios ao reparo definitivo da hérnia, tais como o pneumoperitônio progressivo e a aplicação intraparietal de toxina botulínica tipo A. Nos casos de urgência, como o estrangulamento e a síndrome compartimental, a laparotomia imediata se faz necessária. Conclusões: Por meio deste estudo, pudemos criar um verdadeiro roteiro para o tratamento das Hérnias Incisionais. Tal fluxograma poderia ser adotado em qualquer centro hospitalar que cuida de tal patologia, uma vez que ele segue as recomendações vigentes em vários artigos científicos especializados no tema.
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