Mudanças nos padrões de distribuição da raiva animal no Ceará em 21 anos
uma perspectiva espacial e temporal, 2003 – 2023
DOI:
https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v13i1.5728.pe5728.2025Palavras-chave:
raiva, distribuição espacial, distribuição temporal, morcegos, vigilância epidemiológicaResumo
Objetivo: analisar a distribuição espacial e temporal da raiva animal no Ceará, entre 2003 e 2023. Métodos: utilizaram-se dados da Secretaria da Saúde e da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará. A análise temporal foi por regressão linear segmentada pelo modelo de Poisson e calculada a Variação Percentual Anual (APC). A caracterização espacial descritiva por município foi estratificada por espécie animal. Resultados: foram analisadas 19.249 amostras, das quais 1.377 (7,25%) testaram positivo, com média anual de 65,6 casos. Houve queda significativa na positividade entre cães de 2003 a 2005 (APC=-69,3%; p<0,001), seguida de estabilidade até 2023 (APC=7,35%; p=0,63). Apesar de oscilações, houve leve aumento na positividade nos gatos (APC=7,58%; p=0,02). Morcegos representaram a maior proporção de casos (499; 60,5%), com crescimento contínuo na positividade (APC=8,78%; p=0,03) e pico em 2019. Os herbívoros apresentaram aumento significativo entre 2003 e 2019 (APC=6,42%; p=0,01), seguido de queda entre 2019 e 2023 (APC=-42,05%; p=0,005). Houve maior concentração de casos nos municípios da região leste (408; 29,6%) e noroeste (359; 26,07%) do Ceará. Morcegos predominaram no leste (324; 64,9%), herbívoros foram mais afetados no sul (97; 23,4%) e centro-sul (75; 18,1%). Conclusões: a raiva em animais silvestres, especialmente morcegos, representa um risco crescente. Os achados reforçam a importância da estratégia “Uma Só Saúde” para reduzir os riscos da raiva em áreas vulneráveis.
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