Febre maculosa na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais - Brasil: Descrição dos casos e dos ambientes prováveis de infecção, 2017
DOI:
https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v8i1.2651.p1-6.2020Palabras clave:
Febre maculosa, Doença transmitida por carrapato, Epidemiologia Descritiva, Perfil de SaúdeResumen
Objetivo: investigar os casos de febre maculosa, verificar os aspectos relacionados à assistência à saúde e caracterizar o perfil epidemiológico desses e do ambiente de infecção. Métodos: estudo descritivo dos casos confirmados de FM entre janeiro e novembro de 2017. Foi elaborado um formulário semiestruturado para coleta dos dados. Para as análises epidemiológicas, foram utilizados os programas EpiInfoTM 7 e Qgis® 2.18.1. Foram calculadas frequências, medidas de tendência central, dispersão e indicadores de oportunidade de assistência. Nos ambientes prováveis de infecção, foram realizadas coletas de carrapatos que foram identificados e submetidos à pesquisa de Rickettsia do grupo da FM. Resultados: foram confirmados 15 casos de FM; desses, a maioria foi do sexo masculino (93%) com média de 42 anos de idade; 10 evoluíram para óbito. Todos apresentaram febre, 13(87%) cefaleia e 12(80%) mialgia. Apresentaram mediana e média de evolução para óbito pela doença de 6 dias (1 a 9), oportunidades de hospitalização, tratamento, diagnóstico e notificação de 4,5(0 a 8); 7(0 a 26); 9(DP±6) e 33(DP±45) dias, respectivamente. Para assistência à saúde, 14(93%) casos procuraram atendimento mais de duas vezes, com tempo de internação de 4,5 dias (0 a 8 dias). O hospital foi o serviço procurado, exclusivamente, no quarto atendimento. Dengue e FM foram as hipóteses diagnósticas mais frequentes. Foram coletados 250 espécimes de carrapatos em quatro municípios, sendo em um município identificado Amblyomma sculptum naturalmente infectados. Conclusões: foram assinaladas condições assistenciais pouco sensíveis à ocorrência da FM, o que, provavelmente, colaborou para ocorrência de óbitos, além da necessidade de sensibilização de equipes de saúde e vigilância quanto à ocorrência da FM na região.
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