SUBJETIVAÇÃO E ADOECIMENTO NO TRABALHO POLICIAL MILITAR À LUZ DA PSICODINÂMICA

Leonardo Borges Ferreira, Cledinaldo Aparecido Dias

Resumo


O trabalho policial militar é marcado por um contínuo processo de exposição a violências reais e simbólicas. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo identificar como os policiais militares do Distrito Federal percebem os efeitos deletérios da organização do trabalho na saúde física e mental. De natureza qualitativa, o estudo utilizou-se de pesquisa documental e entrevistas, tratadas por meio da análise de conteúdo. Os resultados auferidos demonstram que a organização do trabalho policial militar possui significativo papel no favorecimento de doenças físicas e psicológicas. Os agravos sociais incluem a frustração pela falta de reconhecimento e a autoculpabilização pela impossibilidade de cumprimento das demandas institucionais, sociais e familiares, especialmente entre as mulheres policiais. O estudo contribui para compreender que as dinâmicas que se desenvolvem no trabalho policial militar devem ser alvo de medidas organizacionais que permitam traçar estratégias gerenciais de prevenção ao adoecimento, além de formas institucionais de canalização e tratamento dos ônus ligados à profissão. 


Palavras-chave


organização do trabalho; polícia militar; agravos físicos e sociais

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DOI: http://dx.doi.org/10.12662/2359-618xregea.v11i2.p110-126.2022

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