A utilização do prontuário eletrônico no cuidado em saúde e o seu impacto na relação médico-paciente
DOI:
https://doi.org/10.12662/1809-5771ri.126.5595.p12-20.2024Palavras-chave:
relação medico-paciente , cuidados em saúde , prontuário eletrônicoResumo
A utilização do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) tem transformado a prática médica, ao substituir os registros em papel por sistemas digitais, facilitando o acesso rápido e seguro aos dados de saúde e promovendo uma maior integração dos sistemas de saúde. Este artigo revisa a literatura sobre a utilização do PEP, abordando vantagens como eficiência administrativa, segurança dos dados e melhor gerenciamento do cuidado, bem como desvantagens que incluem custos de implementação, resistência dos usuários e possíveis efeitos na interação médico-paciente.
A metodologia adotada foi uma revisão bibliográfica de artigos de 2018 a 2024, utilizando descritores específicos para analisar os impactos do PEP. Os resultados indicam que o PEP promove agilidade no atendimento e facilita o acesso ao histórico do paciente, o que é valorizado pela maioria dos profissionais. Contudo, em ambientes de atenção primária, alguns médicos relatam que o PEP pode prejudicar o vínculo com o paciente, ao introduzir uma “terceira pessoa” na consulta, limitando o contato visual e a interação direta.
A análise dos artigos sugere que, apesar de o PEP ser amplamente aceito e essencial para a qualidade do cuidado, a sua implementação exige aprimoramentos, como padronização, treinamento técnico e regulamentação da privacidade e segurança. Para uma adoção mais eficiente, são necessárias estratégias que promovam um emprego mais humano e facilitador do PEP, conciliando o manuseio da tecnologia com o fortalecimento da relação médico-paciente.
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