Análise do conhecimento prévio sobre fibrose cística entre profissionais de saúde primária no nordeste do brasil

Resumen

Introdução: a Triagem Neonatal para Fibrose Cística é uma medida preventiva, que possibilita o diagnóstico precoce. No entanto, desafios como o escasso conhecimento dos profissionais sobre o tema no Brasil destacam a necessidade de esforços contínuos para aprimorar programas educacionais. Objetivo: avaliar o conhecimento e as práticas dos profissionais de saúde da atenção primária em relação à Fibrose Cística (FC), tentando contribuir assim, para a redução de diagnósticos tardios de FC no país. Método: Este estudo transversal e quantitativo envolveu 65 profissionais de saúde em Fortaleza, Ceará. O questionário avaliou conhecimento sobre FC nos três domínios (conhecimento sobre conceitos, diagnóstico e conduta diante de caso suspeito), cuja validade foi avaliada e confirmada. As associações foram verificadas com testes bivariados. Resultado: dos participantes, 38,5% eram médicos da Estratégia Saúde da Família, 30,8% pediatras e 30,8% enfermeiros. A maioria era feminina, com média de idade de 39,9 anos e experiência média de 10,6 anos. 93,8% não receberam treinamento específico sobre FC. O conhecimento foi variado e deficiente entre os profissionais. Os pediatras tiveram um maior nível de conhecimento dos demais profissionais. Ademais, essa foi uma abordagem pioneira na avaliação do conhecimento dos profissionais de saúde em relação à FC na região Nordeste do Brasil. Identificou-se que o conhecimento prévio sobre esta doença ainda é bastante deficiente e de certa forma, pode interferir no diagnóstico precoce. A falta de programas educacionais sobre FC é evidente. Conclusão: identificar lacunas no conhecimento é fundamental e crucial para diagnóstico precoce de FC.