O financiamento público de campanhas eleitorais: a igualdade de chances e a melhoria da qualidade da representação política democrática

Authors

  • Jânio Pereira da Cunha
  • Heyde Medeiros Costa Lima

DOI:

https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v10i14.p192-210.2012

Keywords:

Financiamento público, Campanha eleitoral, Igualdade de chances, Melhoria da representação, Democracia

Abstract

O artigo tem por objeto o financiamento de campanhas eleitorais no Brasil. Nele se defende a implantação do custeio público exclusivo das eleições como um dos mecanismos a minorar a crise de representatividade política da democracia moderna. Sustenta-se, nesse sentido, a ideia de que o modelo de financiamento vigente, que permite a doação de dinheiro privado por pessoas físicas e jurídicas, desequilibra o jogo político-eleitoral, pois o poder econômico passa a ser determinante, em grande medida, dos resultados eleitorais. Ademais, as verbas privadas podem comprometer a autonomia e a autenticidade do mandato político, já que o representante popular pode ficar “refém” de seus financiadores, submetendo a perigo a proteção do proveito comum da sociedade em relação aos interesses privados de particulares. Postula-se ainda o custeio totalmente público das
campanhas para garantir a igualdade mínima de chances entre os candidatos no processo eleitoral, bem como para blindar a interferência antirrepublicana dos financiadores no mandato representativo. Por fim, tem-se que o financiamento público será um passo importante para o aumento da legitimidade do processo eleitoral e do aprofundamento da qualidade da democracia representativa brasileira.

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Published

2012-12-31

How to Cite

CUNHA, Jânio Pereira da; LIMA, Heyde Medeiros Costa. O financiamento público de campanhas eleitorais: a igualdade de chances e a melhoria da qualidade da representação política democrática. Revista Opinião Jurídica (Fortaleza), Fortaleza, v. 10, n. 14, p. 192–210, 2012. DOI: 10.12662/2447-6641oj.v10i14.p192-210.2012. Disponível em: https://periodicos.unichristus.edu.br/opiniaojuridica/article/view/812. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

PRIMEIRA PARTE - DOUTRINA NACIONAL